Cartilha Educativa: AMAR PARA ENTENDER
Elipse, Eclipse, Apocalipse
*em parceria com Rodrigo Bueno
Um material pedagógico com ideias de desdobramentos/ atividades que os professores poderão realizar com seus alunos em sala de aula ou em casa brincando com os pais ou amigos.
Atividade Elipse: o movimento da vida. A dança que faz a vida girar.
Como os planetas giram em volta do Sol, cada corpo gira entorno de si.
Um constante movimento em espiral ascendente.
Giramos em volta de nossas histórias e sonhos, e caminhamos em relação ao todo.
Vamos desenhar nosso caminhar no mundo!
1- Quem sou eu? Minha ancestralidade e meu lugar de origem. Sou fruto de um encontro, nasci em tal lugar, no dia e horário que formam meu ponto de partida.
2- O que me movimenta? Minhas motivações, meus sonhos e afinidades.
3- O céu é o limite! O horizonte que me orienta. Meus desafios para chegar onde o meu Sol interior me leva.
4- As voltas que o mundo dá. A vida vem em ciclos, em ondas, que parecem se repetir como os dias, mas na verdade são oportunidades de alcançar, encontrar o ritmo, a música que eleva nossas frequências, nos faz crescer e aumentar a nossa família afetiva.
Vamos fazer um desenho com símbolos, palavras e cores, como um mapa de uma espiral. Pode ser bem livre, utilizando papel, recorte e colagem, ou lápis e canetinhas. Faremos uma imagem de uma espiral de afirmações positivas para nos conhecermos melhor. Em volta de cada número juntamos cores, palavras, imagens e elementos de forma bem espontânea, sem quebrar muito a cabeça. Se achar legal, lá vai uma dica: faça uma listinha de palavras ou imagens que descreve melhor cada um dos números.
No centro o número 1: Eu sou o Sol da vontade interior, a força da vida que gira com a força do universo ao redor. Seguido pelo número 2: Eu atraio o que vibro, o que sinto, o que eu sonho. Seguido pelo número 3: A inspiração das estrelas, a luz das ideias, da criatividade para caminhar. Seguido pelo número 4: O ritmo, os ciclos que devo celebrar. A cada passo somo algo e deixo o que não preciso mais.
*Outra dica: pode ser um painel de cortiça, cartolina onde espetamos com alfinetes ou adesivos; à medida que vamos nos descobrindo melhor, na conversa com aqueles que estão ao nosso redor, vamos alcançando outras compreensões no nosso caminhar astral.
Atividade Eclipse: O desconhecido, a sombra.
Onde estão as outras identidades e as histórias que não foram contadas.
O eclipse é a passagem de um corpo celeste na frente do outro, de acordo com o nosso ponto de vista.
É o ofuscamento de uma presença pela passagem da outra.
Hoje é possível calcular quando a Lua passa na frente do Sol, nos deixando a impressão de seu apagamento. Uma oportunidade de saber que a noite e o dia são ciclos que se sucedem. Por mais obscuras que sejam, as noites se dissipam em alvoradas todos os dias.
Oficina de máscaras:
Podemos usar papelão, cola, grampeadores, cartolina, tecidos, folhas, conchas, palhas, linhas e cordões.
Vamos nos perguntar quem gostaríamos de ser, e talvez mais importante: quem somos por trás da história oficial, aquela mais além do que nos foi contada na escola, aquela que nossos ancestrais mais remotos nos deixaram rastros. Podemos fazer máscaras para trocarmos entre idosos e crianças, adolescentes e adultos invertendo papéis e vozes.
Clareando outras narrativas do nascer do mundo.
Somos africanos? Povos originários? Ciganos? Europeus? Asiáticos? Seres galácticos? Sábios e crianças?
Seres não binários?
Quem são os avós de nossos avós?
Encontrem maneiras de brincar com máscaras para contar uma estória, como: o que perguntaria a um ser de outro espaço e tempo?
Atividade Apocalipse: A narrativa do fim dos tempos.
A sensação da destruição da beleza no mundo. O caos do agora. A confusão que convida um novo tempo.
A necessidade de um renascimento cultural, mais integrado e generoso com o planeta que somos nós, essa engrenagem cósmica que uma vez esquecemos ser.
A celebração do fim de um ciclo e começo do outro. O Sol sempre renascerá, por mais escura que seja a noite.
Recicle todos os refugos que lhe atraem o olhar, seja na sua casa, na rua, nas caçambas. Objetos que perderam seu valor inicial e agora podem ser transformados em algo novo, surpreendente. Algo que traga a ideia da continuidade da vida. De vida após a vida.
Recolha materiais diversos da limpeza das gavetas e armários, somados ao que encontrou no seu caminho hoje e crie uma obra híbrida, algo feito de várias partes que se unem. Na transmutação de significados nasce algo divertido, sagrado, inusitado. Seria uma escultura, uma trama/tapeçaria? Um manto parangolé, um amuleto, um acessório um objeto de poder.
Podemos costurar, bordar, cortar e serra, colar, iluminar e pendurar, envolver plantas, cristais, e orbitar em móbiles/constelações inteiras em movimentos elípticos, oscilando em uma dança em busca do equilíbrio entre as partes.